Fascite Plantar – Parte 1 -Visão Ocidental

Olá Pessoal!

Hoje estou passando por aqui para escrever um pouco sobre a Fascite Plantar. Um mal que incomoda muito as pessoas logo na primeira pisada no chão, ao amanhecer.

A Fascite Plantar nada mais é que uma inflamação na fáscia da sola dos pés. A fáscia é um tecido que recobre a musculatura do corpo e tem por função permitir o deslizamento entre os músculos, uma vez que é um tecido lubrificado. Quando esse fáscia inflama, há uma aderência da mesma no músculo que ela recobre, impossibilitando a movimentação natural e gerando intensa dor.

Segundo a Medicina Ocidental, a fascite plantar pode ocorrer principalmente por 3 fatores:

1) Sobrecarga de peso sobre os pés (excesso de peso ou excesso de trabalho carregando peso)

2) Excesso de impacto sobre os pés (por exemplo a prática de esportes como voleibol, basquetebol, corrida, etc…)

3) Muitas horas em pé, com uso de calçado inadequado e sem descanso.

O diagnóstico de Fascite plantar pode ser feito através da própria clínica, pela descrição dos sintomas do paciente, como: dor intensa na primeira pisada ao sair da cama, dor em queimação em toda planta, incapacidade de permanecer em pé por muito tempo. E pode ser confirmado através de exames de imagem como ressonância mangética, ultra som ou tomografia computadorizada.

O tratamento consiste em tirar os fatores de causa, como, redução do peso corporal ou redução da carga carregada em pé, diminuição do impacto causada por esportes, aumento das horas de descanso. Além disso, é recomendável a fisioterapia e suas técnicas tradicionais, como o alongamento, aplicação de Ultra som e técnicas de analgesia. A osteopatia também é recomendada.

Outro recurso que pode ser amplamente utilizado é o Dry Needling (Agulhamento Seco).

Para que um tratamento de Dry Needling seja eficaz, é necessário que o terapeuta tenha experiência e entenda que essa prática consiste na aplicação de agulhas de acupuntura nos pontos gatilho de músculos específicos que geram a dor referida do paciente, e nem sempre esses pontos situam-se no local em que o paciente sente a dor, em resumo: a planta do pé do paciente NÃO será agulhada.

A intenção do tratamento é nutrir toda a extensão do músculo a partir da área mal irrigada e congestionada que caracteriza o ponto gatilho, e remover os “restos de digestão celular”que geram dor. No caso da Fascite Plantar, deve ser checada a presença de ponto gatilho na região do ventre dos gastrocnêmios, no músculo sóleo e na região do tibial posterior. Destes, os 2 últimos são profundos, e devem ser estimulados à perfeição.

Com menos frequência, os músculos fibulares longo e curto podem gerar dor na região do osso calcâneo, que não necessariamente está envolvido na Fascite Plantar. porém podem ser checados.

Após o tratamento com Dry Needling, o paciente deve evitar o contato da região tratada com superfícies frias e não deve fazer o uso de crioterapia. A frequência mínima do tratamento é de uma vez por semana.

No próximo post irei falar sobre a Fascite Plantar na visão da Medicina Tradicional Chinesa.

Abraço à todos e até a próxima 🙂