Alimentação Terapêutica Chinesa e suas Variações

Bom dia Queridos Leitores,

Hoje vamos conversar um pouco sobre Alimentação Terapêutica Chinesa e suas variações na Medicina Tradicional Chinesa.

Também conhecida como Dietoterapia Chinesa, esse recurso de tratamento é muito utilizado dentro de terapias orientais para promover o reequilíbrio energético do paciente e, por se tratar de energia, suas indicações e contra indicações são muito diferentes da dietoterapia ocidental.

Por isso fique atento, leitor: Alimentação Terapêutica/Dietoterapia Chinesa NÃO é a mesma coisa que dieta ocidental, recomendada por nutricionista ou nutrólogo, por isso, todo profissional formado em Medicina Chinesa poderá prescrever esse tipo de orientação.

Mas vamos por partes.

Os Alimentos podem ser indicados de várias maneiras, à saber:

1) Cor dos Alimentos

Alimentos possuem cores que se associam à frequência de equilíbrio energético de órgãos e vísceras específicos. Quando houver deficiência no funcionamento desses órgãos e vísceras, deve-se pedir ao paciente que consuma alimentos que tenham a cor correspondente à sua frequência energética:

  • Vermelho – Coração e Intestino Delgado.
  • Amarelo – Baço e Estômago
  • Brancos – Pulmão
  • Roxos escuros, pretos – Rim e Bexiga
  • Verdes – Fígado e Vesícula Biliar

Essa técnica é a mais fácil de ser utilizada e usamos na maioria das vezes para a tonificação dos órgãos e vísceras. Também pode ser aplicada de acordo com as regras de 5 Elementos, indicando e contra indicando as cores de acordo com a necessidade do paciente.

2) Sabor dos Alimentos

Assim como as cores, cada sabor possui ligação energética com cada órgão e víscera. Quando houver uma deficiência do funcionamento de um deles, pode-se indicar o sabor correspondente:

  • Amargo – Coração e Intestino Delgado.
  • Doce – Baço e Estômago
  • Picante – Pulmão e Intestino Grosso
  • Salgado – Rm e Bexiga
  • Ácido – Fígado e Vesícula.

É muito importante que o terapeuta saiba que muitas vezes o que sentimos na boca nem sempre é a classificação dos alimentos pelos sabores. Por exemplo, o arroz, que temos o hábito de pensar que é salgado, tem a essência doce. O leite, que costumamos imaginar ser algo neutro, é ácido. Por isso, o terapeuta deverá seguir tabelas para não se enganar no momento da prescrição.

Ainda seguindo a mesma técnica das cores, os sabores podem ser indicados diretamente para órgãos e vísceras quando estão em deficiência e tem o potencial de reequilibrar energeticamente quando utiliza-se as leis dos 5 Elementos.

3) Essência Térmica dos Alimentos

A Essência Térmica dos Alimentos é a melhor forma de se indicar e contra indicar alimentos quando o terapeuta trabalha, em Medicina Chinesa, com avaliação através de Síndromes.

Os Alimentos se dividem em Frios, Frescos, Neutros, Mornos e Quentes e para cada um dos Elementos existe uma tabela com essas subdivisões.

Via de regra:

  • Alimentos Frios – resolvem doenças de calor
  • Alimentos Frescos – refrescam o calor e produzem fluídos
  • Alimentos Neutros – equilibram o Qi e o Sangue
  • Alimentos Mornos – movem o Qi e o Sangue e aquecem o frio.
  • Alimentos Quentes – resolvem doenças de frio.

Assim, o terapeuta sabendo qual a síndrome o paciente está sofrendo, poderá indicar de forma adequada o alimento segundo sua essência térmica na quantidade e numero de dias que for necessário.

Em resumo, existem muitas formas de se tratar o paciente utilizando Alimentação Terapêutica. Todas elas trazendo muitos benefícios para os pacientes e muitas vezes, é o melhor recurso que poderá ser indicado na cura e na prevenção de alguns desequilíbrios energéticos.

Espero que tenham gostado do texto.

Um grande abraço.

Profa. Fernanda Mara